quarta-feira, 4 de agosto de 2010



"Ouça Virgínia, é preciso amar o inútil.
Criar pombos sem pensar em comê-los,
plantar roseiras sem pensar em colher rosas,
escrever sem pensar em publicar,
fazer coisas assim, sem esperar nada em troca.

A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida.
A música. Este céu que nem promete chuva. Aquela estrelinha nascendo ali... está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os reis magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil.

Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a beleza.
No inútil também está Deus.
Virgínia apertou o ramo de rosas contra o peito. Inútil é o amor que eu tenho por você, quis dizer-lhe.
Não disse…"

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