sábado, 22 de maio de 2010

Deixa eu me encontrar;

Eu-aqui, pensando. Pensando em todas as coisas que deveriam ser planejadas dentro de mim.

- Como a hora que eu acordo, quando o despertador toca às 6h31, eu sei: Hora de acordar.

Deveria saber também a hora de continuar, ou de desistir. Ou simplesmente saber, onde eu estou ou estou querendo ir. Mas as coisas dentro de mim, são traiçoeiras. Transformações ocorrem de 10 em 10 minutos, mudo de opinião, de vontade. E essas são totalmente contraditórias. Algumas me levam a lugares tão diferentes de outros. Lugares desconhecidos, distantes, que talvez eu nem queira conhecer. E na verdade eu nem sei, o exato lugar onde eu queria estar, ou deveria estar. Talvez eu quisesse voltar, a 2 anos atrás. Onde eu pensava que hoje, estaria tudo bem. Na verdade está tudo bem, mas o "bem", não tem me preenchido. E como te explicar, se eu não sei te explicar? Eu-to-aqui, parada, perdida. Mas eu to tentando me achar.

Da noite pro dia, acontecem tantas reavaliações, feitas por mim.

E de repente, me sinto tão vazia. E o vazio, não é nada silencioso, ele parece desesperado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Imprevisível previsto;

Achei que me tornaria amarga, previsível e que fosse construir um mundo novo, onde só coubesse a mim e aos meus pensamentos. E só entrariam pensamentos fiéis, que não me trouxessem o desgosto ou expectativas. Esperava uma vida tediosa, porém sem dúvidas ou qualquer tipo de insegurança. Como se eu pudesse coletar somente as partes boas, impondo limites. Mas também sem nenhum pensamento sobre você. Partes boas ou ruins: deletadas. Queria seguir rigorosamente todos esses detalhes.

Porém não consigo! Lembranças me cercam, momentos passam por mim aleatoriamente, e temo por não conseguir despistá-los. E também chega o novo, lentamente para me aterrorizar. Sinto medo, palpitações e o que menos esperava, mas talvez no fundo o quisesse: expectativas. Elas são totalmente opostas ao que planejei. E se misturam com a nostalgia, entrando em brechas, e num momento que eu não desconfiava que fosse chegar. Solicito a minha atenção: "Não se permita sentir novamente". Mas deixo passar, não de propósito, somente por que palavras proferidas ou sentimentos desconhecidos sejam mais fortes que os limites que tracei. Precisando de algum tipo de motivação.

Talvez seja isso: O previsível e o imprevisível chegando a mim.