terça-feira, 28 de dezembro de 2010


Mas não sinta solidão, não sinta nada: Você só tem olhos que olham o momento presente, esteja ele - ou você - onde estiver. E não dói, não há nada que provoque dor nesse olhar.

Atrás de qualquer palavra que disséssemos havia outras mais tranquilas, porque tínhamos conseguido atravessar quase um ano inteiro -eu, ele, todos-, e tinha sido duro mesmo que nem eu, nem ele, nem ninguém depois de um tempo fôssemos capazes de distingui-lo especialmente dos anteriores, tão iguais a esse que passava.

domingo, 26 de dezembro de 2010


"Coragem, às vezes, é desapego (…) É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais."

"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo percebendo que a minha vida não tem lá tanta semelhança com o enredo que eu imaginei para ela na maior parte da jornada e que nem por isso é menos preciosa, a minha imaginação, por mais longos que sejam seus braços, não alcança o verdadeiro propósito que move a minha existência, esse que às vezes intuo, mas, de verdade, não sei. É me sentir confortável, cabendo sem esforço e com a fluidez que eu souber, na única história que me é disponível, que é feita de capítulos inéditos, e que não está concluída: esta que me foi ofertada e que, da forma que sei e não sei, eu vivo."